Poema: Se essa buceta falasse.
Se apenas essa buceta falasse...
Se essa buceta falasse, não haveriam mais segredos, a euforia e o tesão seriam relatados, e ela contaria todo o enredo. Se essa buceta falasse, acabaria a vergonha, acabariam os desejos enrustidos, e os anseios escondidos. Acabariam-se todos os medos, de se masturbar com um só dedo.
Se essa buceta falasse, o mundo todo saberia o quão deliciosa ela é, o quão molhada ela fica, e o quão excitada quando dentro dela uma pica desliza.
Se essa buceta falasse, ela teria mais de um nome. Seria pepeca, ou vagina, seria xaninha, ou rachada, seria capô de fusca ou xavasca, seria prexeca, ou xotinha, seria pombona, ou princesinha, seria buça, ou pata de camelo, seria carlota ou borboletinha.
Se essa buceta falasse, diversas línguas ela saberia, pediria para ser chupada, seu clitóris saltaria, e o sorriso na boca sempre teria. Ela pediria mais atenção, pediria mais ação, elogiaria seu homem, ou não, estaria sempre com boa disposição.
Se essa boceta falasse, acabariam tantas desculpas, para evitar que ela fosse usada, falaria o que bem entendesse, e adoraria qualquer gozada. Ficaria sempre encharcada, escolheria ser peluda ou pelada, seria livre, feliz e danada.
Se essa buceta falasse, ela não se deixaria ser enganada, reclamaria quando ficasse encurralada, cuspiria quando atormentada, e se abriria mais quando estimulada. Saberia qual tipo de pênis exigir, e qual tipo de piroca expelir.
Se essa buceta falasse, todas elas conversariam entre si, fofocariam aqui e ali, dariam risadas daquele pipi.
Se essa buceta falasse, o sexo anal seria mais fácil, e o coito vaginal sempre um arraso. Não haveriam noites indevidas, gente mal resolvida, transa não cumprida. Se essa buceta falasse, as mulheres teriam ainda mais razão, e os homens comeriam em suas mãos, e talvez seria o fim de tanta enganação.